Por Wanglézio Braga
O Sindicato Patronal de Feijó (AC) emitiu uma contundente nota de repúdio neste sábado (24) contra a manifestação durante evento internacional realizado no Teatro da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco. Os envolvidos exibiam faixas com frases como “O agro é morte” e, segundo relatos, protagonizaram cenas de desrespeito e até agressões físicas contra seguranças.
Para o sindicato, que representa a classe produtora rural, a frase entoada não apenas ofende, mas escancara o desconhecimento sobre o papel vital do agronegócio na economia acreana e nacional. Apenas a pecuária do Acre, segundo dados oficiais, superou os R$ 3 bilhões em produção entre janeiro e outubro de 2024. Além disso, o setor responde por milhares de empregos e abastece os mercados urbano e rural, sendo um dos primeiros a se recuperar durante a pandemia.
“O agronegócio é vida, é dignidade no campo e é a base da economia de milhares de famílias. Atacar esse setor com palavras de ordem vazias é ignorar os avanços sociais e econômicos que ele proporciona”, disse ao Acre Mais, Claudélio Bomfim, presidente do Sindicato Rural de Feijó. Ele ressaltou ainda que esse tipo de radicalismo não representa o verdadeiro espírito do povo acreano, “conhecido por sua hospitalidade, trabalho e cooperação”.
Confira a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato Patronal de Feijó, entidade representativa da classe produtora rural, vem a público manifestar veemente repúdio à manifestação promovida nesta sexta-feira (23) por membros identificados do Comitê Chico Mendes, Juventude do Partido Comunista, União da Juventude Comunista e algumas lideranças indígenas durante evento internacional realizado no Teatro da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Rio Branco.
Portando faixas e incitando frases como “O agro é morte”, os manifestantes agrediram verbalmente o setor produtivo do Acre e do Brasil, protagonizando cenas lamentáveis de desrespeito e intolerância que culminou ainda em agressão física contra seguranças do referido evento. Esse comportamento não representa o povo do Acre, conhecido por sua hospitalidade, trabalho e espírito de cooperação, tampouco contribui para o debate democrático e civilizado nos espaços de ideias.
A frase “Agro é morte” é muito mais que uma afronta. Tais críticas ao agronegócio são infundadas e desconsideram a importância vital do setor para a economia local, estadual e nacional. No Acre, somente a pecuária superou R$ 3 bilhões em produção de janeiro até outubro de 2024, consolidando-se como um pilar econômico em um dos estados mais carentes do país. Na agricultura, o setor é responsável por gerar empregos, garantir segurança alimentar, promover renda e atrair investimentos — inclusive internacionais — além de manter o abastecimento dos mercados urbano e rural.
É inaceitável que um setor que sustenta economicamente milhares de famílias e que foi um dos primeiros a se recuperar durante a pandemia, com a geração de mais de 61 mil empregos formais no Brasil em 2020, seja atacado de forma tão leviana. O agronegócio é sinônimo de vida, de dignidade no campo e de desenvolvimento. As manifestações violentas e radicais não representam as soluções que o Acre e o Brasil precisam.
José Claudélio Araújo Bomfim,
Presidente do Sindicato Patronal de Feijó (AC)