Por Wanglézio Braga
Em Manoel Urbano, um projeto inovador está unindo reflorestamento, capacitação e combate à violência doméstica. Com apoio da FUNTAC e da SEMA, e por meio de emenda parlamentar do deputado Pedro Longo, 32 mulheres estão participando do curso “Mãos que Acolhem”, promovido pela Associação Mulheres da Terra e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do município. A iniciativa, iniciada em 8 de maio, segue até o fim do mês e foca no uso de sementes da floresta para a criação de biojoias.
O grupo é composto exclusivamente por mulheres em situação de vulnerabilidade social. “Além da geração de renda, o projeto busca dar às mulheres a autonomia necessária para que elas rompam ciclos de dependência”, afirma Elayne Camilo, presidente da associação.

Durante o curso, as participantes aprendem a coletar, limpar e transformar sementes da mata em peças artesanais, com suporte técnico da Funtac. “O projeto também tem viés ambiental, com foco no reflorestamento das plantas utilizadas, e visa preparar as artesãs para participação de grandes eventos (…) Futuramente, elas também receberão carteirinhas de identificação profissional como artesãs, um documento importante para mais esse ciclo profissional de nossas associadas”, acrescentou.
Mais que um curso, “Mãos que Acolhem” representa uma rede de apoio, empoderamento e reconstrução de vidas. A proposta é que essas mulheres, antes silenciadas, agora falem por meio da arte, do trabalho e da resistência. “Nossa meta é após a criação das peças, possamos participar de feiras nos municípios, no nosso estado e quem sabe para outros lugares do Brasil”, concluiu.