Por Wanglézio Braga
O município de Cruzeiro do Sul enfrenta um dos piores cenários de inundação dos últimos anos. O prefeito Zequinha Lima decretou, nesta terça-feira (25), situação de emergência nível II, conforme publicado na edição do Diário Oficial do Estado. A medida surge após o transbordamento do Rio Juruá, que ultrapassou a cota de 13 metros, atingindo centenas de famílias e comprometendo serviços essenciais.
De acordo com o documento assinado pelo prefeito, cerca de 1.650 famílias, totalizando aproximadamente 6.600 pessoas, foram afetadas pela enchente. Os bairros mais atingidos incluem Várzea, Lagoa, Beira Rio, Cruzeirinho Novo, entre outros. Em algumas regiões, a situação se agrava com a interrupção do fornecimento de energia e água potável, impactando diretamente 139 famílias.
A Defesa Civil Municipal relatou que está prestando assistência imediata, realocando desabrigados para abrigos públicos e fornecendo aluguel social para aqueles que perderam suas moradias. O prefeito justificou a decretação da emergência com base na impossibilidade de o município arcar sozinho com os danos provocados pela cheia. “Estamos empenhados para minimizar os prejuízos e garantir que nenhuma família fique desassistida”, declarou Zequinha Lima.
O decreto também autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Defesa Civil, além da possibilidade de convocação de voluntários e a realização de campanhas de arrecadação. Medidas como a desapropriação de imóveis em áreas de risco e a dispensa de licitação para a aquisição de bens e serviços necessários à resposta ao desastre também foram aprovadas.
O alerta segue ativo, já que as previsões meteorológicas indicam continuidade das chuvas nos próximos dias. A população é orientada a permanecer atenta aos comunicados oficiais e buscar abrigo em caso de necessidade.
O decreto tem validade de 180 dias e poderá ser reavaliado conforme a evolução da situação climática e dos impactos na cidade.
