Por Wanglézio Braga/ Foto: Redes Sociais/Ilustração
Dados do Decreto de Emergência N° 1212/2025 assinado pelo prefeito Tião Bocalom (PL) e publicado na edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), de sexta-feira (14), mostra que 16 comunidades rurais ou ribeirinhas de Rio Branco foram atingidas pela alagação 2025.
Segundo o documento, a prefeitura identificou como pontos atingidas as áreas de Água Preta, APA do Amapá, Boa Água, Barro Alto, Vai-se-ver, Espalha, Bagaço, Extrema, Projeto Oriente, Colibri/Limoeiro, Catuaba, Belo Jardim 3, Panorama Ribeirinho, Vista Alegre e Liberdade.
SILÊNCIO QUE INCOMODA
Muitas dessas áreas são produtoras da agricultura familiar, que abastecem mercados e feiras públicas. Além da invasão de casas, as enchentes também trazem problemas para a produção local. E foi justamente pensando nisso que a redação do Portal Acre Mais entrou em contato com o representante da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil (COMDEC), o Coronel Falcão, e questionou sobre planos, ações, para atender a demanda dos moradores rurais. Mas, até o momento não obteve nenhuma resposta, deixando centenas de famílias à mercê da desinformação.
Vale salientar que o nosso contato inicial foi realizado na última quinta-feira (13), seguido na sexta-feira, na mesma data da publicação no DOE, porém, sem nenhuma resposta.
Diante da crise humanitária, é evidente a fragilidade do poder público em momentos de maior vulnerabilidade. Enquanto as águas avançam sobre plantações, casas e sonhos de quem depende diretamente da terra para sobreviver, o silêncio e o descaso parecem ter tomado o lugar de liderança. Sem respostas claras ou ações efetivas, resta às comunidades rurais enfrentar sozinhas os estragos causados pela natureza — e pela falta de planejamento da prefeitura.