Por Wanglézio Braga
A cafeicultura do Acre ganhou projeção nacional ao ser destaque em uma reportagem da Folha de S. Paulo, assinada pelo jornalista Marcelo Toledo. Com o título “Acre eleva produtividade em uma década e cultiva café em meio à floresta”, a matéria publicada no domingo (09) ressalta o crescimento da produção no estado, que se tornou o segundo maior produtor da região Norte, além de evidenciar a sustentabilidade como um dos principais pilares da atividade.
Entre os exemplos mencionados, a produtora rural Kety Souza simboliza essa nova fase da cafeicultura acreana. Ela cultiva três hectares da variedade canéfora dentro da reserva extrativista Chico Mendes, em Brasiléia, mostrando que é possível produzir sem desmatamento e em harmonia com a floresta.
No Acre, segundo o noticioso, a retomada da produção, que havia sido abandonada nos anos 1970 devido à falta de incentivos, aconteceu há pouco mais de uma década, impulsionada por agricultores familiares comprometidos com um modelo sustentável. Dos 22 municípios do Acre, 19 já produzem café, com Acrelândia despontando como o maior polo.
Na matéria, o repórter cita que “o estado conta com cerca de mil produtores, cultivando café em pequenas áreas – em média, apenas um hectare por produtor” e que “pesquisadores afirmam que as condições de solo e clima do Acre são superiores às de Rondônia, tradicionalmente referência na produção de café na região”.