Por Wanglézio Braga
O secretário de Agricultura do Acre, José Luis Tchê, celebrou a decisão da Bolívia de aceitar a certificação sanitária do Brasil para exportação de farinhas e gordura de peixe, destacando os impactos positivos para a economia. Em manifestação ao Portal Acre Mais, Tchê disse que a aceitação do Certificado Sanitário Internacional fortalece as relações comerciais com a Bolívia e pode impulsionar o agronegócio acreano, abrindo novas oportunidades para os produtores locais.
“Esse certificado ajuda muito a mandiocultura. Hoje, 25% das propriedades do Acre produzem farinha, o que gera mais de R$ 500 milhões de reais em valor bruto de produção. Com as facilidades das exportações, esse mercado vai crescer ainda mais, garantindo maior valor agregado ao produto, o que significa mais renda e empregos”, afirmou Tchê.
Ele também ressaltou os investimentos da Seagri na modernização da cadeia produtiva, com a aquisição de equipamentos, implementos agrícolas e fertilizantes, além do fortalecimento do apoio técnico.
No setor de aquicultura, a certificação representa um avanço significativo. Segundo Tchê, a piscicultura sofreu impactos negativos, mas está se recuperando, especialmente com iniciativas como o programa “Peixe no Prato”, criado em 2023, que adquire pescado de produtores para doação a famílias vulneráveis.
“Esse mercado se regula, e estamos tentando ajustar as pontas para equalizar esse setor. Com a possibilidade de exportação da gordura de peixe para a Bolívia, essas ações voltarão a ocorrer com mais rapidez”, concluiu o secretário.
O CAMINHO…
Vale lembrar que para entrar de vez no mercado boliviano, o Brasil precisa seguir ritos burocráticos. Já sobre a participação dos produtos do Acre nesse encaminhamento, além da adequar as exigências, é preciso força política em Brasília, afinal, o país vizinho divide fronteira como Brasil por meio de quatro estados (Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), e lógico que cada estado tem os seus respectivos interesses.