Por Wanglézio Braga
Durante a abertura, a primeira edição do Festival Internacional da Castanha, realizada em Epitaciolândia na noite desta sexta-feira (21), demonstrou não apenas a relevância desse fruto para a economia do Alto e Baixo Acre, mas também a força do cooperativismo na região. O presidente da OCB/AC, Valdemiro Rocha, destacou a importância do evento como um catalisador para o desenvolvimento econômico e social dos extrativistas e produtores locais.
“O Festival Internacional da Castanha é uma maneira de mobilizar a sociedade para a importância da cadeia da castanha no Brasil, especialmente no Acre. E, junto com a castanha, conseguimos atrair atenção para outros produtos vinculados à economia popular e solidária”, afirmou Rocha.
A força do cooperativismo foi outro ponto de destaque. Segundo o presidente da OCB/AC, a organização coletiva tem sido essencial para fortalecer a produção e a comercialização da castanha e de outros produtos na região. “Antigamente, no Acre, existiam os mutirões, que eram formas de organização coletiva informal. O cooperativismo potencializa essa ideia e possibilita que grupos alcancem resultados econômicos, sociais e culturais de forma estruturada”, explicou.
O evento também jogou luz sobre as próximas estratégias para o setor. Além do fortalecimento da cadeia da castanha, as cooperativas estão se estruturando para atuar de forma mais expressiva na produção de suínos, aves e culturas permanentes, como café e fruticultura. “Está sendo estruturada uma agroindústria do café em Brasileia, outra em Xapuri e uma terceira em Senador Guiomard. A ideia é trabalhar não apenas na produção, mas também no beneficiamento e na comercialização”, ressaltou Rocha.
Para o próximo ano, os planos incluem a consolidação da cadeia do café e a expansão da fruticultura na região. “Queremos consolidar esse setor e ampliar o suporte para os produtores, garantindo um crescimento sólido e sustentável”, disse Rocha.
A primeira edição do Festival Internacional da Castanha já demonstrou sua força, e a ideia é que o evento passe a fazer parte do calendário anual da região. “Este festival veio para ficar. Nossa intenção é realizá-lo anualmente, garantindo cada vez mais visibilidade e desenvolvimento para o setor”, concluiu Rocha.
