Durante Festival da Castanha, público vai às lágrimas ao entoar o “Hino do Seringueiro”

Por Wanglézio Braga

Durante a abertura do primeiro Festival Internacional da Castanha, realizado na noite desta sexta-feira (21) em Epitaciolândia, um momento singular marcou o evento e arrancou lágrimas do público presente. Além do Hino Nacional Brasileiro e do Hino Acreano, um terceiro canto surpreendeu os visitantes: o Hino do Seringueiro, uma canção que resgata a memória e a importância dos trabalhadores da floresta.

A iniciativa de incluir a música na solenidade partiu do assessor de cooperativa Dande Tavares e foi prontamente aprovada pela organização do festival e pelo público presente.

“A ideia foi trazer o hino do seringueiro, assim eu o chamei. Não necessariamente ele deveria ter esse nome, mas é uma forma de valorizar o seringueiro. Na verdade, se pensarmos bem, podemos trocar seringueiro por extrativista, pois esses trabalhadores colhem não apenas borracha, mas também castanha, açaí, cajá, andiroba e outros produtos da floresta”, explicou Dande.

O Hino do Seringueiro faz parte do Cancioneiro Popular e exalta a luta e o trabalho dos extrativistas, fundamentais para a economia e a história da Amazônia. Durante a execução da música, um coro espontâneo se formou, dando um brilho especial ao evento e evidenciando o profundo vínculo dos trabalhadores com sua cultura e suas raízes.

“Perdi meu pai, há pouco tempo e essa música ele cantava pra gente. Meu pai foi seringueiro e coletador de castanhas. Morreu amando sua profissão. Bateu a saudade”, disse dona Auxiliadora Nascimento.

A escolha da canção foi um acerto, reforçando a identidade dos agroextrativistas e da agricultura familiar, que são a essência do festival. O evento não apenas celebra a castanha, mas também homenageia aqueles que há gerações sustentam a floresta com seu trabalho árduo e dedicação. Leia a letra:

Hino do Seringueiro

Vamos dar valor ao seringueiro

Vamos dar valor a esta nação. Pois é com o trabalho desse povoQue se faz pneu de carro e pneu de avião.

Fizeram a chinelinha, fizeram o chinelão.Inventaram a botina, pra cobra não morder.

Tantas coisas da borracha que não tem explicação. Encontrei pedaço dela na panela de pressão. Pneu de bicicleta não é requeijão.

Não é carne de gado, pneu de caminhão. Não é chifre de vaca que se apaga letra, não!São produtos da borracha, feitos pela nossa mão.

Fonte: Cancioneiro Popular

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