Por Wanglézio Braga/ Foto: Charles J. Sharp/CC BY-SA 4.0
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou, na última sexta-feira (10), um plano ousado e estratégico para a conservação das tartarugas e cágados amazônicos. O segundo ciclo do Plano de Ação Nacional para Conservação dos Quelônios Amazônicos (PAN Quelônios Amazônicos) já está em vigor e promete enfrentar ameaças críticas que colocam em risco essas espécies emblemáticas da Amazônia.
Com validade de cinco anos, o PAN tem como visão de futuro recuperar populações e habitats dos quelônios, assegurando o uso sustentável e promovendo o protagonismo das comunidades locais. Entre as metas estão combater a caça e o comércio ilegal, mitigar os impactos de empreendimentos como hidrelétricas e mineração, ordenar atividades turísticas em áreas de reprodução e avaliar os efeitos das mudanças climáticas sobre essas espécies.
Entre as espécies-alvo do plano estão as conhecidas tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), tracajás (Podocnemis unifilis) e irapucas (Podocnemis sextuberculata), além de outras espécies como o matamatá (Chelus fimbriata) e o jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria).
O plano conta com um esforço coletivo que envolve governo, sociedade civil, comunidades locais e academia, além de buscar financiamento através de editais, compensações ambientais, doações e até emendas parlamentares.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, destacou a importância do PAN para preservar não só as espécies, mas também os ecossistemas que sustentam a biodiversidade e os modos de vida das comunidades tradicionais. As ações serão supervisionadas anualmente por um Grupo de Assessoramento Técnico, que acompanhará a implementação do plano.