Por Wanglézio Braga
O pesquisador Leonardo Paulo de Souza chamou a atenção para o potencial do sistema de irrigação como alternativa para minimizar os prejuízos dos produtores acreanos causados pela seca prolongada. Em uma entrevista, ele destacou que a falta de chuva afetou drasticamente as forragens utilizadas na alimentação do gado, o que prejudicou a produção de leite e a produtividade do setor pecuário.
“A seca veio mais cedo este ano, e o período chuvoso só retornou em outubro, o que trouxe grandes dificuldades para os pastos. Na nossa unidade experimental, conseguimos manter as forrageiras verdes e o gado bem alimentado, o que preservou a produção de leite. Mas essa não é a realidade de muitos produtores que não utilizam irrigação”, explicou Leonardo.
Ele ressaltou que a adesão ao sistema de irrigação ainda é baixa no Acre, mas acredita que investir nessa tecnologia pode ser uma solução importante para enfrentar os extremos climáticos, que tendem a se tornar mais frequentes. “Estamos na hora de pensar nesse sistema para sobressair os extremos futuros”, afirmou.
O pesquisador ainda pontuou que o fenômeno da seca prolongada não é exclusivo do Acre, mas tem afetado diversas regiões do Brasil. Leonardo aconselha os produtores a considerarem o uso de irrigação como uma estratégia preventiva, de modo que possam garantir uma produção mais estável nos próximos anos, especialmente em períodos de seca severa.
Com a previsão de verões cada vez mais intensos, o uso de irrigação para manter a qualidade dos pastos pode se tornar uma ferramenta fundamental para a sustentabilidade da produção agropecuária no estado. Confira a entrevista na íntegra: