Por Wanglézio Braga
Moradores das comunidades do Quixadá e do Belo Jardim, em Rio Branco, estão enfrentando um cenário alarmante ao longo do Rio Acre, com o registro da morte de milhares de peixes. Nas últimas semanas, pescadores locais relatam que mais de 20 toneladas de peixes já foram encontrados mortos somente na região do Quixadá. A situação tem gerado grande preocupação entre os ribeirinhos, que dependem do rio para sua subsistência.
Nas redes sociais, vídeos feitos pelos próprios moradores viralizaram, mostrando as margens do Rio Acre repletas de peixes mortos, evidenciando a gravidade do problema. A comunidade local suspeita que a causa possa estar relacionada a um crime ambiental, com a possibilidade de envenenamento da água proveniente de igarapés próximos, como o Igarapé Judia.
Investigações em andamento
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura de Rio Branco informou que já iniciou os trabalhos de investigação para apurar o que está provocando a morte dos peixes. Segundo a secretaria, várias hipóteses estão sendo analisadas, e nenhuma foi descartada até o momento. Entre as possíveis causas estão contaminação da água, alteração nos níveis de oxigênio ou poluição por substâncias tóxicas.
Os ribeirinhos, que convivem diretamente com o problema, têm expressado suas preocupações e cobram respostas urgentes das autoridades. “Estamos perdendo uma parte importante da nossa vida. O Rio Acre é o nosso sustento e essa situação não pode continuar assim”, disse um dos pescadores afetados.
Impactos na subsistência e no meio ambiente
A morte em massa dos peixes não só ameaça o sustento dos pescadores, como também pode trazer sérias consequências para o equilíbrio ambiental da região. O Rio Acre é fundamental para a vida das comunidades ribeirinhas, e qualquer alteração drástica em sua biodiversidade pode ter um impacto profundo na cadeia alimentar local e na qualidade da água.
A prefeitura afirmou que novos estudos e coletas de água serão realizados nos próximos dias para identificar possíveis contaminantes. A situação é tratada com urgência, dada a extensão da área afetada e o risco de contaminação de outros trechos do rio.