Por Wanglézio Braga
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas instituiu três selos oficiais para identificar e certificar iniciativas de turismo desenvolvidas diretamente pelas comunidades indígenas. A medida, publicada no Diário Oficial da União de hoje (24), busca organizar e dar mais segurança às atividades de visitação em terras indígenas, prática que vem crescendo em várias regiões do país. Os selos abrangem turismo de base comunitária, ecoturismo e etnoturismo, garantindo que cada projeto siga as regras estabelecidas pela Funai desde 2015.
Para receber a certificação, as comunidades deverão ter seus Planos de Visitação Turística aprovados integralmente. Esse documento define como serão feitas as atividades, os limites de acesso, a proteção ambiental, a participação da comunidade e a preservação cultural. Só depois dessa aprovação a Funai libera o uso dos selos, que funcionarão como um aval oficial de que a iniciativa segue todas as diretrizes legais.
A ideia é valorizar o turismo feito pelos próprios indígenas, reforçando a autonomia econômica e preservando tradições. Para o visitante, o selo funciona como uma garantia de que a experiência é verdadeira, segura e respeita a cultura local. A Funai também manterá, em seu site, uma relação atualizada das comunidades autorizadas a usar a certificação.
Segundo a portaria, qualquer uso indevido dos selos será passível de sanções. A Funai reforça que apenas iniciativas que cumprirem todos os critérios poderão divulgar suas atividades com a marca oficial, fortalecendo um turismo mais responsável e sustentável nas aldeias brasileiras.
