Por Wanglézio Braga
O anúncio feito nesta quinta-feira (20) pela Casa Branca, retirando a tarifa de importação de 40% sobre determinados produtos brasileiros, animou quem vive da cafeicultura no Vale do Juruá. Entre os itens liberados da alíquota está o café, o que abre uma oportunidade importante para quem aposta na produção de grãos finos na região. Em Mâncio Lima, o presidente da CooperCafé e produtor rural, Jonas Lima, recebeu a notícia como “um respiro para o setor”.
Segundo Jonas, a decisão dos Estados Unidos pode ampliar a competitividade do café acreano no mercado internacional, já que o custo de entrada diminui e melhora a margem para pequenos e médios produtores. Ele lembra que o café do Juruá vem ganhando espaço por qualidade e manejo, e que esse tipo de mudança pode estimular investimentos nas próximas safras.

Mas nem tudo são flores. Jonas também lançou um alerta sobre as tarifas e impostos praticados internamente pelo governo local, que continuam sendo um dos principais entraves para quem deseja expandir a produção. “Lá fora abre a porta, mas aqui dentro o produtor ainda enfrenta muita trava. Precisamos de apoio para competir de verdade”, disse.
Mesmo com as preocupações, a Coopercafé segue otimista. A cooperativa acredita que, se houver mais políticas estaduais de incentivo ao lado da abertura internacional, o café do Juruá pode conquistar um nicho importante, garantindo renda, geração de emprego e estabilidade econômica para as famílias produtoras.
