Por Wanglézio Braga
O mais recente Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) com base em dados do IBGE, publicado hoje (21), trouxe um retrato preocupante para o Acre. O estado aparece na 25ª posição entre os 27 estados brasileiros quando o assunto é o percentual de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Segundo o levantamento, 6,80% dos domicílios acreanos têm renda per capita inferior ao mínimo definido pelo Governo Federal.

O mapa revela um cenário desfavorável para o Norte e o Nordeste, mas o Acre ficou entre os piores resultados do país, à frente apenas do Ceará (26º, com 7,04%) e do Maranhão, que ocupa a última posição com 8,54%. Enquanto Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul aparecem nas três primeiras colocações, com índices entre 1,65% e 2%, a realidade acreana mostra distância desses patamares.
Para o produtor rural, esse tipo de ranking ajuda a entender como desigualdades impactam diretamente a economia local. Com menos famílias tendo acesso à renda, o comércio fica mais fraco, a demanda por insumos cai e o ritmo de investimentos no campo também sofre. Em regiões onde a pobreza avança, a pressão por políticas públicas aumenta, e as cadeias produtivas sentem o reflexo na produtividade e no consumo.

