Por Wanglézio Braga
O VIII Simpósio Acadêmico de Engenharia Agronômica da Ufac encerrou a última semana com uma verdadeira imersão no conhecimento produtivo voltado ao campo acreano. Durante quatro dias (12 a 15/11), o evento reuniu acadêmicos, pesquisadores e produtores rurais no Teatro Universitário para discutir tecnologias, manejo e os principais desafios das cadeias produtivas do estado. Para o presidente do Centro Acadêmico de Engenharia Agronômica, Max Pedrosa, a programação foi intensa e necessária, envolvendo desde debates sobre fruticultura até o uso correto de defensivos agrícolas — um tema vital para evitar danos ambientais e garantir segurança ao produtor, ao solo e ao consumidor.
Segundo Pedrosa, o simpósio também abriu espaço para temas ligados à produção de mudas frutíferas, áreas que impulsionam fortemente a economia agrícola do Acre. Mini cursos, palestras e apresentações de pesquisas permitiram que o conhecimento acadêmico fosse devolvido diretamente à sociedade. “É uma honra ver produtores participando e buscando aprender com o que é produzido dentro da universidade. A academia existe para servir a sociedade, e eventos como esse mostram que estamos no caminho certo”, afirmou.

Além disso, o encontro marcou o anúncio oficial da criação do Grupo de Estudos de Grãos (GEAGRÃOS), iniciativa que pretende acompanhar e aprofundar pesquisas sobre culturas como soja e milho, cujo crescimento no Acre tem sido exponencial desde 2020. A proposta é fortalecer o conhecimento técnico, acompanhar a evolução das lavouras e orientar os profissionais que atuarão nas futuras frentes de expansão.
O simpósio reforçou a importância da aproximação entre o produtor e a universidade, conectando a prática do campo com a pesquisa científica. Para Pedrosa, esse elo é o que garante um agro mais moderno, produtivo e sustentável no estado.
