Por Wanglézio Braga
O engenheiro agrônomo Hadamés Wilson, um dos consultores de café mais respeitados da nossa região, reforçou a importância do uso de protetor solar agrícola no cultivo do café, especialmente quando o plantio ocorre no mês de agosto, período de seca intensa na Amazônia. Segundo o especialista, plantar nessa época não é o mais recomendado, mas muitos produtores não conseguem esperar as chuvas. Nesse cenário, ele destaca que água no pé e adubação certa não resolvem sozinhas: é o protetor solar que garante que a muda suporte a radiação forte e consiga enraizar com segurança.
Hadamés explica que o produto funciona como uma barreira que reduz o estresse térmico, evita queimaduras e melhora a resistência da planta. Ele cita o exemplo do uso de um protetor que forma uma película sobre as folhas e ajuda o café a enfrentar a fase crítica logo após o plantio. A combinação entre o protetor solar e o manejo nutricional correto fez a diferença nos experimentos recentes conduzidos por sua equipe em áreas plantadas no auge da estiagem.
O consultor mostrou o resultado de um cafezal plantado em agosto e que, agora em novembro, apresenta padrão uniforme, plantas firmes e crescimento equilibrado. Para ele, esse desempenho só foi possível porque houve manejo profissional: “A água é importante, claro, mas a planta precisa de proteção, precisa de tecnologia. Com o protetor solar, ela enfrenta melhor o calor e chega nas chuvas com mais vigor”, explicou.
Hadamés recomenda que o produtor que precisar plantar café na seca não abra mão de três pilares: irrigação, boa nutrição e protetor solar. Segundo ele, essa tríade ajuda a muda a “aguentar o tranco” da estiagem e garante que o trabalho não seja perdido quando começarem as primeiras chuvas. “É tecnologia simples, mas que muda o resultado no final da safra”, concluiu.
