Por Wanglézio Braga
O Acre levou para a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, muito mais do que o sabor do seu grão robusta amazônico. No estande do estado, visitantes têm a oportunidade de provar o café acreano e, ao mesmo tempo, conhecer de perto a cultura indígena dos povos Manchineri, que vivem entre os municípios de Sena Madureira e Assis Brasil. O espaço foi aberto oficialmente hoje (05) na Expominas.
Entre os participantes está Harha Manchineri, representante da etnia, que participa pela primeira vez da feira. Além de apresentar o café produzido pelas famílias indígenas, ele também realiza pinturas corporais tradicionais, utilizando o jenipapo, fruto nativo da Amazônia. “A gente faz os desenhos pra se enfeitar e também pra quem quiser conhecer um pouco da nossa cultura”, explica.
O espaço indígena no estande acreano é uma verdadeira imersão na Amazônia. Além das pinturas, os visitantes podem adquirir pulseiras, tiaras e camisas produzidas de forma artesanal. O objetivo é mostrar que o café do Acre nasce da floresta, com o trabalho de quem preserva e carrega uma tradição que une agricultura e identidade cultural.

