Por Wanglézio Braga
Durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte, o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves, destacou em entrevista exclusiva ao Portal Acre Mais o papel da ciência e da tecnologia na transformação da cafeicultura amazônica. Ele afirmou que o Acre vem se consolidando como uma nova referência na produção de cafés robustas finos, graças ao trabalho conjunto entre a Embrapa e o Governo do Estado, por meio da SEAGRI.
“Não existe evolução sem tecnologia e não existe tecnologia sem ciência. O que estamos fazendo é colocar esse conhecimento na xícara do consumidor. O café robusta amazônico representa um produto compatível com a floresta, que valoriza mulheres, indígenas e agricultores familiares. E o Acre está mostrando isso para o Brasil e para o mundo”, disse Enrique. Segundo ele, o estado já reúne mais de mil cafeicultores de base familiar, com mais de 20% da cadeia produtiva impactada diretamente pelos projetos de melhoria da qualidade.

O pesquisador também comemorou o resultado do QualiCafé 2025, já que o campeão do concurso contou com assistência técnica de sua equipe. “É uma realização pessoal e profissional ver que o nosso trabalho, junto com a Secretaria de Estado, transformou vidas e levou produtores ao pódio. Isso prova que ciência e campo caminham juntos”, afirmou.
Para o futuro, Enrique é otimista: “Se o Acre não pode ser o maior, será o melhor. O estado tem um legado de preservação, solo fértil e clima favorável. Com sustentabilidade, cooperativismo e qualidade, o Acre está no caminho certo para ser uma referência nacional e internacional na produção de cafés especiais”, concluiu.
