Por Wanglézio Braga
O cavaleiro Makeivy Shelton embarcou nesta sexta-feira (31) para Boa Vista, em Roraima, onde vai representar o Acre na competição de três tambores adaptado, uma modalidade que exige técnica, equilíbrio e determinação. O atleta será o único acreano na disputa paraequestre, após o colega Gustavo Santos, também classificado, não conseguir embarcar por problemas com as passagens aéreas.
Segundo informações obtidas pela reportagem, a Secretaria Extraordinária de Esportes do Acre (SEEL), comandada por Ney Amorim, havia se comprometido há dois meses em providenciar os bilhetes aéreos para os dois representantes. No entanto, a entrega dos vouches com a data e o destino combinado foi adiada “por causa da malha aérea”, e, poucos dias antes da viagem, os atletas foram informados de que não havia mais vagas no voo. A alternativa oferecida envolvia conexões longas e até o deslocamento de ônibus de Manaus até Boa Vista, percurso de quase 800 quilômetros.
Diante das dificuldades, Gustavo Santos decidiu desistir da competição, devolvendo o valor arrecadado com patrocinadores e alegou à reportagem do Portal Acre Mais prejuízo para um dos apoiadores com hotel. Ele justificou que a logística imposta “prejudicaria o seu bem-estar físico e emocional, podendo até prejudicar no desenvolvimento durante a competição”, afinal, “teríamos que fazer trechos longos de avião, de ônibus, dormindo em outra cidade é bastante prejudicial para uma pessoa com deficiência”.
Em questões de horas, pós contato da nossa reportagem, a Secretaria conseguiu providenciar uma nova rota aérea, mas com múltiplas conexões, o que prolongou o tempo de deslocamento. Makeivy manteve o compromisso de representar o Acre, mesmo com as incertezas e os transtornos logísticos.

O jovem embarcou com a professora Bruna Andrade para São Paulo rumo à Manaus. Hoje (01) segue num hotel na capital amazonense e embarcará novamente amanhã (02) para Brasília e depois para Boa Vista com a missão de elevar o nome do Acre e mostrar que o talento e a força de vontade superam a falta de estrutura e de apoio no esporte.
