Por Wanglézio Braga
Durante o VI Congresso Internacional de Pecuária Leiteira (CIPEL), iniciado nesta quinta-feira (30) em Rio Branco, o médico veterinário e especialista em manejo de pastagens, Ernesto Coser, apresentou uma palestra que chamou a atenção dos produtores: “Uso da cerca elétrica como ferramenta para otimizar a eficiência do pastejo”. Coser defendeu que a tecnologia vai muito além de uma opção barata de contenção de animais — ela é, acima de tudo, uma ferramenta de gestão do pasto.
Segundo o especialista, o uso da cerca elétrica permite comandar o rebanho no pastejo, aproveitando melhor o capim e reduzindo desperdícios. Ele comparou a realidade brasileira com a de países como Nova Zelândia e Estados Unidos, onde o uso da tecnologia é comum. “A seca elétrica foi a ferramenta que permitiu a eles extrair o máximo do pasto, porque lá não há abundância. Aqui, como temos capim o ano inteiro, acabamos relaxando na eficiência”, destacou Coser.

Durante a palestra, o médico veterinário explicou de forma didática o funcionamento da cerca elétrica, que substitui estruturas rígidas por fios condutores. “Quem segura o animal é o choque, e não a estrutura. Assim, economizamos com materiais, fazemos piquetes menores e conseguimos controlar melhor o pastejo”, explicou.
O especialista mostrou vídeos de propriedades que usam postes distantes até 50 metros um do outro, com apenas dois ou três fios de arame, alcançando alta eficiência e baixo custo.
Encerrando sua fala, Coser reforçou o impacto econômico da tecnologia no campo. “Cerca elétrica é sinônimo de manejo inteligente. Quem domina cerca elétrica está proibido de perder pasto”, afirmou, arrancando aplausos dos produtores presentes no congresso.
 
								 
															
 
								 
								 
								