Por Wanglézio Braga
Durante o VI Congresso Internacional de Pecuária Leiteira da Amazônia Ocidental, iniciado nesta quinta-feira (30) em Rio Branco, o assessor técnico em pecuária leiteira da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Guilherme Souza Dias, destacou a importância da sanidade animal para a produtividade e segurança alimentar. Em sua palestra, abordou as doenças brucelose e tuberculose bovina, que ainda causam prejuízos silenciosos aos rebanhos em todo o país.
Segundo o especialista, a prevenção começa na vacinação correta das novilhas entre três e oito meses de idade e no controle sanitário constante. “A eficiência é o nome do jogo. Muitas vezes, uma vacina de dois ou cinco reais evita grandes perdas de produção. É essencial que o produtor identifique e elimine os animais doentes, porque eles comprometem todo o rebanho”, alertou Guilherme.

Ele também ressaltou a necessidade de maior engajamento de todos os envolvidos na cadeia produtiva, incluindo o Estado. “O órgão de defesa agropecuária precisa se comunicar melhor com o produtor. Hoje, o celular é a ferramenta que chega na mão de todo mundo. É preciso usar isso a favor da conscientização, com campanhas, informações e transparência. A educação sanitária é fundamental para aumentar o índice vacinal e proteger o rebanho”, defendeu.
Para Guilherme, a pecuária leiteira brasileira tem um grande espaço para crescer. “Tem produtor no Acre tirando 40, 45 litros de leite por vaca/dia, enquanto a média nacional é de 6 litros. O segredo não está em tecnologia de ponta, mas em fazer bem o básico. Um bom manejo, sanidade e organização da rotina já fazem uma enorme diferença na produtividade”, concluiu.
 
								 
															
 
								 
								 
								