Por Wanglézio Braga
Walisson Holanda, mais conhecido como “Docinho”, é daqueles nomes que o público do rodeio reconhece de longe. Há 19 anos ele atua como salva-vidas nas arenas do Acre e de estados vizinhos, profissão que exige coragem, agilidade e, acima de tudo, amor pelo que faz. “Eu comecei como peão de fazenda, mexendo com gado. Aí, nos treinos com os companheiros, fui me destacando, e um amigo me levou pro meu primeiro rodeio. Deu certo, e até hoje tô aqui. São 19 anos de estrada”, contou em entrevista ao Portal Acre Mais.
Docinho explica que o trabalho é arriscado, mas recompensador. “Já tive que desamarrar peão que ficou preso no boi. Quando a gente consegue fazer isso e ver que o cara sai bem, é uma sensação leve, boa demais. É sinal de que o trabalho foi bem feito”, relatou. Segundo ele, o segredo está em estar atento aos movimentos dos animais e confiar na equipe. “Sozinho, ninguém faz nada. Com companheiros bons, o serviço rende“.

Com quase duas décadas de arena, ele também fala sobre o reconhecimento da categoria. “As comissões pagam R$ 8 a R$ 10 mil pra locutor, e o salva-vidas que se arrisca ganha R$ 1.500 ou R$ 2 mil. Acho que não é justo. A gente precisa ser mais valorizado”, desabafa.
Mesmo assim, o amor pelo rodeio continua firme. “O segredo é ter vontade, coragem e pé no chão. Esse ano completei 19 anos de profissão, e continuo o mesmo: humilde, com o pé no chão. Quem sonha em entrar nesse mundo, não desista”, aconselha o salva-vidas que se tornou exemplo dentro e fora da arena.