Por Wanglézio Braga
Na manhã deste sábado (04), produtores rurais do Acre, da Bolívia e do Peru acompanharam uma palestra da engenheira agrônoma Gabriela Tamwing sobre a monilíase, doença que ameaça a cultura do cacau. O encontro aconteceu durante a 1ª Expo Fronteira, em Assis Brasil, e trouxe informações importantes para quem lida diretamente com a produção.

Gabriela explicou que o Acre foi o primeiro estado do Brasil a detectar a praga, em 2021, na região do Juruá, que hoje está sob quarentena. “É fundamental levar conhecimento aos produtores, principalmente nesta região de fronteira, onde o risco é maior. O produtor precisa conhecer os sintomas e as formas corretas de prevenção e manejo”, destacou.
Ela reforçou que, até o momento, não há registro da doença no Alto Acre, consecutivamente em Assis Brasil. Os focos se concentram em Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima. “O monitoramento segue sendo intensificado justamente por se tratar de uma área de risco. Nosso trabalho é preventivo, para evitar que a praga chegue a outras regiões”, explicou a engenheira.
Segundo Gabriela, também há troca de experiências com órgãos de defesa agropecuária do Peru e da Bolívia, fortalecendo o trabalho conjunto contra a monilíase. “Esse intercâmbio é estratégico, porque a doença não respeita fronteiras. Compartilhar conhecimento é a melhor forma de proteger os produtores e reduzir riscos de prejuízos futuros”, concluiu.