Por Wanglézio Braga
O leiloeiro Éder Flávio, conhecido no Brasil como Catatau, acompanha a pecuária acreana há mais de três décadas e garante que o setor vive um momento de destaque. Segundo ele, a genética produzida no estado já ultrapassa fronteiras e abastece mercados exigentes como China, Estados Unidos e Europa, além de atender frigoríficos e consumidores de outras regiões do país. “Quem cria no Acre não produz só para o consumo local, mas para o mundo. Isso mostra a eficiência de quem investe na cria e busca animais mais pesados e produtivos”, destacou.
Catatau também derrubou o velho conceito de que leilão é só para grandes investidores. Ele explicou que, hoje, as facilidades de pagamento e a acessibilidade ampliaram a participação de produtores. “Quando você compra um touro de genética avançada e aumenta em 30 quilos o peso de cada bezerro, isso significa mais R$ 200 a R$ 300 por animal. É um investimento que se paga e ainda gera lucro sem precisar aumentar a área de pasto”, ressaltou.
Além de leiloeiro, Catatau é pecuarista no Mato Grosso do Sul e afirma que aposta apenas no que conhece e dá retorno. Para ele, o caminho para garantir rentabilidade está na soma de dois fatores: avaliação visual e avaliação numérica de animais. “Quando você une o olho do pecuarista à balança e aos programas de melhoramento genético, consegue animais mais bonitos, mais produtivos e com resultados melhores na venda”, disse.
O experiente leiloeiro reforça que a pecuária acreana já trilha esse caminho, e que a evolução é visível a cada ano. “O produtor que aposta na genética de qualidade está plantando hoje o lucro que vai colher amanhã. E o Acre tem mostrado que sabe produzir com padrão de excelência para competir em qualquer mercado”, concluiu.
