Por Wanglézio Braga
O atravessador Jesus Florêncio está animado com exportação de bananas produzidas no Acre e que estão seguindo a BR-364 para outras regiões do Brasil. No caso dele, elas chegam às prateleiras dos supermercados e feiras das capitais do Mato Grosso do Sul (MS) e do Mato Grosso (MT). Por mês, mais de 25 toneladas que abastecem Cuiabá e Campo Grande.
As bananas são recolhidas nas cidades de Porto Acre, Manoel Urbano e Sena Madureira, no Acre. Trabalham com ele, 15 pessoas que se dividem em três grupos principais. Alguns cortam, outros limpam, classificam, armazenam em caixas e ajudam no carregamento.
“Nós recebemos a demanda de fora, compramos a banana aqui e vendemos lá no centro-oeste. Muitas das vezes pagamos o frete do produtor, mas em tempos difíceis nós temos que ir lá pegar, dando várias viagens”, explicou ao Portal Acre Mais.
Jesus comenta que o verão amazônico tem castigado a produção local. O calor e a falta d´água em muitas propriedades são empecilhos para uma boa safra. “Eu era servente de obras, passei a trabalhar como atravessador, mas a época atual não tá dando muito. A gente paga R$ 12 reais por um cacho, independente do tamanho. Daí, vendemos um pouco abaixo do valor de mercado pra ter um certo lucro”, comentou.
Jesus Florêncio citou que parte da produção fica na CEASA de Rio Branco e outra é levada num pequeno veículo para vender nos bairros. O Portal Acre Mais estava nas imediações do Mercado do Bosque quando avistou o movimento. Em questões de minutos, muitos fregueses garantiram as compras. Os cachos verdes eram disputados pela maioria, pois seriam consumidos em forma de chips.
